domingo, 25 de outubro de 2009

Muito além das aparências.


Nãocomo negar que o corpo (nele inclui-se os cabelos) é uma forma de linguagem. A maneira como nos vestimos ou nos penteamos revela, muitas vezes, um traço da nossa cultura e da nossa própria personalidade. É, também, através da estética que notamos a valorização do negro diante de suas próprias características físicas. Mas analisar os aspectos da conscientização de um povo, apenas avaliando os padrões estéticos é uma visão, no mínimo, superficial.


O
discurso de que para ser negro é preciso ter o cabelo X ou Y caducou. O negro consciente atual ultrapassou essa questão, afinal não podemos mais ser julgados pela nossa aparência.


Certamente muitos negros ainda não estão conscientes de seu papel social, mas nãopara padronizar todas as pessoas, a fim de mostrar que a politização, de fato, existe. Têm pessoas com cabelos “de negro” e que desconhecem alguns fatores simples a respeito do candomblé, das lutas e conquistas dos escravos e da cultura negra. Se o cabelo do negro tem que ser sempre de uma maneira, suprime-se a condição de liberdade. Com o passar do tempo o negro não poderá usar calça jeans e camiseta branca para não se assemelhar a forma de vestir de um branco ou terá que seguir apenas a religião do Candomblé, por exemplo.


Ter a própria corrente de pensamento, sentir-se negro, mas antes de tudo, sentir-se humano. Reverter a condição de escravidão é o grande desafio para a coletividade negra e isso não será conseguido apenas estilizando os cabelos, mas quando o negro conseguir a sua inserção justa na sociedade através da educação.


Pessoas de todas as cores continuam pregando o discurso que prevalece a cor da pele e o tipo de cabelo para identificar se um indivíduo é negro ou não. A questão da negritude é a de sentir-se, identificar-se e assumir-se como negro. Não é a cor da pele, nem o penteado que define se alguém é ou não negro, ou se alguém é menos ou mais negro que outro. É uma questão que envolve coragem e opinião, envolve consciência, reflexão, cultura, intelectualidade, busca aos antepassados, atitude.


Sou
mulher negra, consciente do meu papel social e, antes de tudo, sou livre para decidir sobre o meu corpo. Não sou a imagem diante de vocês, sou um composto de tudo que acredito, isso envolve a minha consciência, a minha capacidade de pensar, a minha essência humana, que infelizmente não pode ser vista, mas pode ser percebida através das minhas atitudes.


Exaltar as nossas características físicas é basilar, mas é preciso que nós negros tenhamos uma consciência madura em relação à educação. É preciso ver mais negros na Política, na Medicina, na Comunicação, na Educação e em várias esferas sociais, que não sejam as mais costumeiras: as cozinhas, os presídios e as sinaleiras. E é a partir dessa mudança que o negro começa a se afastar do papel de vítima social, admitindo sua real consciência, assumindo uma postura muito mais ativa e participativa no processo de transformação da própria realidade e, consequentemente, da história.


E essa
metamorfose não pode ser superficial, não pode ficar no plano das aparências. Ela precisa ser interiorizada, precisa fazer parte da nossa consciência reflexiva, da nossa essência. De nada adiantará afirmar a identidade apenas no aspecto visual, em cortes e penteados de cabelos, e continuar a carregar o estigma de “coitadinho” da história, escravizado e mutilado intelectualmente, sem vez e voz
.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Dever cumprido.

Ontem fiz minha exposição na XII SEMOC e, sem muita modéstia, me saí muito bem. O encontro foi deveras gratificante e provocativo. Após o término, senti a sensação de dever cumprido e muito bem.
Trabalhar em prol da pesquisa, para mim é fascinante, é uma pena que não possa me dedicar mais. Expor os trabalhos para outras pessoas, ultrapassar as fronteiras da sala de aula, mostrar o que está sendo produzido, perceber pontos de vista totalmente distintos dos nossos, promover diálogos maduros e questionadores para que se consiga criar novos conceitos e novas visões de mundo são fundamentais para que o estudante universitário possa perceber o verdadeiro sentido de Universidade.

Quero agradecer especialmente as presenças de Taiane Lima (amiga de todos os momentos, principalmente os acadêmicos) e Professor Hugo Belens (chefe, colega de trabalho e amigo da minha vida inteira), vocês foram 1000.

Aproveito, ainda, para agradecer também a Professora Regina Gomes, pela confiança, pelo convite e incentivo para expor o artigo na SEMOC. Quando crescer quero ser que nem ela: uma orientadora leve, próxima, sensata e bastante eficiente na forma de transmitir os conhecimentos. (rsrs)

Até a próxima SEMOC.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Portfólio (III)

Mais duas marcas para o Portfólio.
Criações desenvolvidas para servir como logomarca da disciplina do sétimo semestre, Produção Publicitária em TV (PPTV), do curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda, da Universidade Católica do Salvador – UCSal, solicitada pelo professor Eduardo Joffily Ayrosa.



terça-feira, 6 de outubro de 2009

XII Semana de Mobilização Científica - SEMOC

Na semana de 19 a 23 de outubro acontece em Salvador a XII SEMOC – Semana de Mobilização Científica, promovida pela Universidade Católica do Salvador - UCSal, sob o tema “Segurança: A paz é fruto da justiça”.
Neste evento, estarei participando da Sessão de Comunicação “Discurso em Mídia” que integra a SEMOC, no dia 21/10/2009, das 08h30 às 10h30, no campus da Lapa, apresentando um trabalho científico de minha autoria, com título “Os artifícios utilizados no discurso das editorias Saúde e Nutrição das revistas Boa Forma e Corpo a Corpo”, orientado pela Prof.ª Dra., Regina Lúcia Gomes S. e Silva.
A SEMOC é aberta a toda comunidade, mas, para participar, é necessário fazer a inscrição através do site http://www.ucsal.br/.
Conto com a presença e participação de todos.

O quê: Sessão de Comunicação - Discurso em Mídia
Quando: 21/10/2009 (quarta-feira), das 08h30 às 10h30
Onde: UCSal, Campus Lapa (Convento da Lapa – Nazaré)

Maiores Informações: http://www.ucsal.br/, correio eletrônico semoc@ucsal.br ou pelos telefones 3334-2596 ou 3330-8407 / 8408.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ética é sempre bom. Na TV, na profissão e na vida.

O assunto da semana ficou por conta das danças da professora Jaqueline Carvalho. A primeira dança aconteceu ao som da banda O Troco, o que rendeu uma postagem no Youtube, acessada por mais de cem mil pessoas, onde a pró protagoniza junto com mais quatro mulheres uma coreografia erótica de deixar qualquer “rala a tcheca no chão” no bolso; já a outra dança foi a consequência da postagem no Youtube, o que resultou na demissão da professora primária, que lecionava Matémática a crianças de cinco anos de idade em uma escola particular de Salvador. O tema ganhou espaço na imprensa local e nacional.

Ontem (dia 28.08), o cantor envolvido na polêmica estava num programa de TV, falando sobre o ocorrido. Apesar de ser um assunto sério, afinal envolve várias questões, estereótipo negativo da mulher, ética profissional, inclusive o gosto das crianças por essas baladinhas
modernas, não consegui entender a postura do cantor e do apresentador.
O apresentador gritava: “Gente, professora agora não pode dançar pagode, não?”. E, ao mesmo tempo, exibia (em close) a imagem da bunda da professorinha no ar.


O cantor superou o apresentador. “A música Todo Enfiado é o grande momento do show, as mulheres imploram para que eu cante. As pessoas vão no pagode para se divertir, vão para esquecer os poblemas. Ela é uma mulher massa, é de família, tem uma filha de sete anos e tinha uma vida estável. Não é justo o que estão fazendo com ela”, defendeu-a. Ele falou de sua composição (uma música pobre, com palavras chulas e duas frases apenas), explicou o sentido do termo “periguete” e transformou a professora em vítima social (talvez até seja mesmo).
Cada um sabe o que faz (se a menina quer rebolar, que rebole), mas, algumas profissões exigem de nós comportamentos éticos ou, no mínimo, cuidadosos tanto em nosso trabalho quanto nos dias de folga. Tem de haver um equilíbrio entre o nosso “eu” profissional e o nosso “eu” pessoal.
Jornalistas, publicitários, comunicólogos, artistas, políticos e professores são exemplos de profissionais que formam opinião pública. Comportamentos que firam os valores da família e da sociedade não podem fazer parte da rotina de um profissional que produz informação ou que tem o seu trabalho visto por uma maioria.
Os professores têm um papel ainda mais importante. Eles não são formadores de opinião, apenas. São ajudantes na construção da formação humana do indivíduo.
Se a pró dançarina está certa ou errada, não sei. Porém, um adulto, com o mínimo de conhecimento, deve saber que vivemos na era da tecnologia e da informação, onde milhares de pessoas se munem de apetrechos tecnológicos, registrando tudo em todos os lugares. Nesse “Big Brother” real, a responsabilidade de cuidar da nossa imagem é inteiramente nossa e ninguém pode fazer isso por nós.
Então, se nos exibimos, se postamos textos e imagens relacionados a nós, se usamos o espaço público e virtual como se fosse o nosso espaço íntimo é porque queremos ser lidos e vistos. Ao menos devemos ter consciência do nosso comportamento, respondendo e nos responsabilizando por nossa exposição pública, quando necessário.
O cantor tem grande responsabilidade nessa celeuma também, pois está se promovendo, enquanto a professora tem sua imagem e vida desgastadas. Afinal, um homem que se propõe a expor mulheres ao ridículo, incitando comportamentos primitivos, não pode sair de bom moço na estória.
A idéia de que ele é homem e tudo pode (“mulher que se dê o valor”) é cultural e difícil de mudar, mas a iniciativa dessa violência surge, primeiramente, deste homem, no momento da composição. Não foi ele que criou esse preconceito, mas é ele quem ajuda a disseminá-lo.

Entretanto, quando provocado, responde que sua música é uma grande brincadeira e que canta para levar alegria aos fãs. Na verdade, ele não se importa com o conteúdo das suas músicas, pensa apenas, em ancorar na vulgarização feminina, sua ascensão e fama.
Pagode, arrocha e vários gêneros musicais que têm força nas grandes massas não me agradam, mas sei também que, muitas bandas de pagode não têm em seu conceito a banalização sexual, como é o caso da Harmonia do Samba, por exemplo.
Estudando Comunicação e, principalmente, Publicidade posso ver que algumas pessoas pensam que vale tudo para vender um produto, um conceito ou uma idéia. Não importa se nessa venda terão que potencializar preconceitos ou ferir os valores sociais e isso, no mínimo, é perigoso e irresponsável.
Não sou hipócrita, sei que muitos professores, médicos, jornalistas, engenheiros, pedreiros, padeiros, políticos e tantos outros profissionais se dividem em trabalhadores sérios e seres comuns, que têm desejos, fantasias, esquisitices, etc. Atualmente, o que mais chama a atenção é a necessidade que as pessoas têm em se expor, principalmente para exaltar suas atitudes sexuais.
Ontem, ao discutir com alguns colegas cheguei a seguinte conclusão: a verdade é que a professora e o cantor estão no país certo. Uma nação que não valoriza quem investe tempo e dinheiro nos estudos, um país de artista que não faz arte, de mulheres famosas por suas lindas nádegas, políticos corruptos que são respeitados e chamados de Vossa Excelência, de gente que acha o máximo uma "celebridade" dizer em rede nacional que nunca leu um livro...
O final dessa novela já se sabe. O normal é que a pró se transforme numa dançarina ou escreva um livro do tipo “Dancei! Literalmente” ou, ao menos, passe uns dias dando entrevista aos programas que sobrevivem da carniça humana.
Quanto à banda, essa vai aparecer muito mais nos Meios de Comunicação, vai ficar mais conhecida, os shows vão bombar, o cachê vai aumentar...
E continuaremos vendo a baixaria reinar, felizes ou infelizes diante do sofá.

sábado, 11 de julho de 2009

Alice e o tempo, na varanda...


Era noite de verão, fresca e cheia de aromas, mas, de repente, Alice começou a sentir as gotas de chuva caírem no seu rosto. Imediatamente ela começou a pensar, com seus olhos brilhantes e a cabeça confusa:

... tempo... incerto...


Como um ponteiro de relógio

Gritando e bipando velozmente

...pingos de chuva ... cheiro de jasmim

Sinto o tempo


A verdade é que Alice estava sendo transportada para um outro lugar. Os cheiros, a frieza dos pingos de chuva, o sereno... Tudo isso a fazia chegar perto de onde jamais deveria ter saído.

Pensamentos:


“Assim como numa viagem longa,

Ora fantástica, ora tediosa.

Vejo um mundo aos meus pés

E nele, mil enganos“.


Se sol, biquíni; se chuva, pipoca.


Ah! Como queria saber o que se esconde

Por detrás daquela nuvem

Será um arco-íris iluminado? Flores varrendo o cerrado?

Ou será a tempestade fria, sozinha, molhando o gramado?


...


Só amor...

sábado, 16 de maio de 2009

Portfólio (II)


Marca desenvolvida para a TuCa Comunicação. Ah! Antes que vocês fiquem curiosos se perguntando a razão do nome TuCa, informo.

O nome TuCa, criação de Leandro Oliveira, tem dois significados.

O primeiro vem da união de quatro valores que embasam esta organização, são eles: Trabalho, União, Criatividade e Amizade.

O segundo teria originado a assinatura da marca: Tuca Comunicação, Tudo Comunica.

Pois é, está nascendo uma nova Agência de Comunicação na Bahia.

Aguardem...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Das minhas reflexões – Parte I

Ultimamente tenho tido umas vontades estranhas. Estranhas porque não as tinha antes. Vontade de mudar horários, de freqüentar lugares diferentes, ler livros e textos diferentes... Estou mais paciente, por exemplo. Se querem saber se isso é falta de personalidade, respondo logo que não. Afinal se tem algo que me sobra é personalidade. Tenho passado por um processo de transformação interna, modificando a minha realidade, arrumando a coisas, pondo cada uma em seu devido lugar. Tenho tido toda coragem do mundo de abandonar tudo que não acredito e que, de alguma forma, já não faz mais sentido.

Deve ser porque o meu aniversário ta próximo, a faculdade ta acabando, minha sobrinha ta nascendo, novas oportunidades e conquistas estão surgindo e um projeto profissional ousado está iniciando. Aí começam as expectativas. Será isso mesmo? Não sei.

Abandonei velhos hábitos, velhos conselhos, velhos amigos, velhos parceiros. Abandonei o fútil, o descartável, abandonei o que não era de verdade, o que não era intenso. E se você me pergunta se tudo que abandonei me faz falta, respondo: nenhuma!

Sou assim mesmo. Um composto de doçura com agressividade, de mulher forte e menina leve, que toma partido das coisas, que se compromete, que se adapta às circunstâncias, que não tem medo de errar, de dizer e ouvir verdades, de ser gente. Comigo ou é tudo ou é nada.

E como me sinto agora? Tranqüila, feliz, madura, viva, com a esperança que algo muito bom estar por vir. Me sinto adulta, segura, mais fiel aos meus sonhos, mais senhora de mim e das minhas vontades. Acho que vou ouvir mais as pessoas que dizem que sou especial, que vou longe, que meu futuro será brilhante e tal e coisa. Até porque eu tenho sentido muito isso mesmo, e, podem acreditar, se sentir assim só faz bem.

Pode ser um sinal de um novo tempo ou pode ser que eu tenha passado a perceber o “meu tempo” de outra maneira. O “tempo” ainda não ta perfeito, porém ele segue do jeito que eu gosto: dias iluminados com raios de sol ameno e noites frescas com pingos de chuva na janela.

Portfólio (I)

A partir desse mês, sempre que sobrar tempo e disposição, irei colocar aqui, algumas peças criadas por mim que fazem parte do meu portfólio de Criação. Informo que tudo que aqui for postado não poderá ser copiado ou utilizado sem minha prévia autorização.

Abaixo a marca e algumas peças criadas para o Instituto de Letras da UCSal (ILUCSal) contidas no Manual de Identidade Visual do instituto referido, elaborado para a disciplina Direção de Arte, do 6º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da UCSal, sob a orientação do professor Mário Garcia Junior.



Marca ILUCSal

















Placas de Sinalização









Maio, onde tudo começou...

Noite nem se firmou
E a lua cheia, já clareou
Sombras podem vir, façam favor
É mês de maio, é tempo de ser sonhador
Canção Mês de Maio, composição Almir Sater


Quero reverenciar esse mês que tanto amo. Um mês sem muitos feriados, longo, mas cheio de significado. O mês de Maria, das mulheres, das mães, o mês em que nasci. O mais feminino dos meses.
Olhem outras datas importantes e interessantes nesse mês:

01- Dia Mundial do Trabalho
05- Dia da Comunidade
08- Dia do Profissional Marketing
08- Dia do Artista Plástico
10- Dia das Mães
13- Abolição da Escravatura
13- Dia da Fraternidade Brasileira
17- Dia Internacional da Comunicação e das Telecomunicações
21- Dia da Língua Nacional
31- Dia Mundial das Comunicações Sociais
31- Dia do Espírito Santo

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Simone...



Ela parece uma rosa ao vento,
Cheia de um sonho tão doce
Que consegue atravessar meus olhos
Como uma magia cheia de felicidade...
O seu jeito é cheio de encantos
E belo mesmo é estar ao seu lado,
Feliz e cheio de alegria.
Você é como um desejo sincero,
Porém,
O seu otimismo é tão belo e forte
Quanto a poesia do teu sorriso...
Eu te fiz um verso dos meus sonhos
E te batizei minha eterna criança
Tu és esta coisa bonita e morena
Que nós chamamos de Simone.






Resolvi postar esse poema, primeiro porque o considero lindo e foi feito para mim e, depois, por amar profundamente quem o escreveu.
Ele foi feito em 1990, por minha irmã, Claudete Mendonça, uma grande poetiza, com talento nato, muita sensibilidade, mas perdida no meio dos seus versos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tecnologia a favor dos ouvidos.

Gente, quem me conhece bem sabe que eu não sou uma pessoa tão ligada em tecnologia. A uso como uma facilitadora da vida moderna. Não fico horas com a cara numa tela de computador (a não ser que esteja ganhando dinheiro para isso). Prefiro, com certeza, sair, conversar com os amigos em um bar (preferencialmente no Rio Vermelho), dar um abraço em alguém que amo pesoalmente, quando este faz aniversário e coisa e tal. Mas que a tecnologia é uma mão na roda, ah! Isso é.
Por exemplo, fazia tempo que não escutava músicas. Digo escutar música de verdade, por um tempo longo, sem pressa. Trabalho o dia inteiro, estudo praticamente todos os dias e o único dia que “não tenho nenhuma obrigação” (domingo) é o dia que tenho outras obrigações a cumprir. Tenho que dar atenção aos amigos, arrumar a bagunça do quarto, organizar o material da próxima semana (que já é no outro dia), namorado, família, lazer, diversão, estudos... Por isso, não sobrava, de jeito nenhum, tempo para ouvir música.
Como não gosto de carregar um monte de treco na bolsa (MP3, MP4, walkman...), adquiri um mimo tecnológico (celular com MP3) e, desde então, uso-o a meu favor. Por exemplo, se estou no trânsito e ele está lento, ligo o meu MP3 ou o rádio do aparelho e fico horas escutando músicas que adoro. É aí que volto atrás e digo: “TECNOLOGIA É RUIM, MAS É BOA”.
Abaixo deixo a música I Will Survive, de Glória Gaynor, interpretada pela CAKE, banda californiana conhecida por misturar vários gêneros musicais em suas produções. Essa é uma das canções que estão no meu MP3 e certamente a melhor versão de I Will Survive.
Confiram!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Billie Holiday em [quase] todos os momentos.

Manhãs de tempo ameno, silêncio na rua, cheiro de café, amor sincero, lençóis brancos e cheirosos, flores naturais ao lado da cama e o canto dos pássaros como trilha sonora. Não! Muda a trilha sonora para a voz inebriante e rouca de Billie Holiday.
Pois é, esse é o retrato de um despertar perfeito e hoje o tempo ta dando uma ajudinha - o sol escaldante de Salvador resolveu dar uma trégua.
Mas não pensem que para ouvir as canções dessa diva do jazz é necessário todo esse cenário. Costumo ouvir suas canções no trajeto de casa para o trabalho e vice-versa, na espera de uma consulta médica, nos corredores da faculdade, no elevador de casa, ou seja, nos mais variados locais.
Apesar de ter no meu MP3 gêneros e artistas variados (nele pode-se encontrar samba, pop rock, blues, jazz, MPB, dentre outros), resolvi destacar o jazz de Billie Holiday. Suas músicas me acompanham há muito tempo e em muitos lugares. Sua voz contagiante é o veículo que me transporta ao passado e enche os meus momentos de graça, ternura, elegância e prazer.
Tentei colocar aqui no blog duas canções que estão no MP3 do meu celular (The Way You Look Tonight e I Cover The Waterfront), mas não obtive sucesso.
Quem quiser escutar essas canções pode baixar da internet ou ouvir a rádio UOL, por exemplo. Para quem não conhece a artista, basta fazer uma busca no google e conhecer toda sua trajetória de vida.
Garanto que quem gosta de jazz e blues vai adorar.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Programa de Notícia, Show de Horrores ou imitação de Jogos Mortais?

Na luta pela audiência e com o conhecimento de que violência, sexo e desgraça humana são os assuntos mais vendidos e vistos no mundo atual, alguns programas da TV baiana vêm se empenhando em colocar cada vez mais cenas assustadoras no ar.
Sei que o mundo não é cor de rosa, que coisas tristes acontecem, mas exibir pessoas com mãos e braços pendurados, corpos em estado de deterioração, mulher fazendo sexo com criança, gente mutilando gente, etc., é uma atitude, no mínimo, irresponsável, praticável por quem realmente não entende nada de comunicação. Essas cenas não acrescentam em nada a informação, apenas aguçam sentimentos ruins naqueles que nada mais desejam que ver alguém que sofra mais que eles mesmos.
Tais programas provam que o compromisso principal é comercial (o dinheiro) e não com o público. Passo um tempão nos bancos acadêmicos, ouvindo os professores sobre o tamanho da nossa responsabilidade sobre o que é veiculado. A importância de usar a comunicação como uma aliada do desenvolvimento social, uma comunicação apoiado na responsabilidade e não somente nos compromissos comerciais. E fico pasma quando vejo esses “profissionaizinhos” fazendo um caminho totalmente inverso ao que os mestres em comunicação pregam.
Será que os professores estão errados ou cochilaram, enquanto o mundo da comunicação baiana passava por sua mudança mais imbecil?
Os preconceitos são mantidos, seja sutil ou explicitamente. O preto, pobre, da periferia é avacalhado em sua forma de falar, portar, vestir, enquanto o rico, branco, com seus advogados de defesa é entrevistado de forma séria e sem humilhações.
O que ta acontecendo é uma verdadeira crise de inconsciência coletiva. Pobres, já sem esperança na política, veneram os apresentadores que se mostram como salvadores, preocupados com a miséria e com a desigualdade social, ancorados por salários altíssimos e pelo desejo de que a situação dessa gente continue na mesma ou pior, pois sabem que o show não pode parar.
Não acho que na TV baiana só deva existir jornais com a cara do Jornal Nacional. Mas é possível fazer um programa jornalístico que trate os assuntos diários (política, economia, violência, esporte, etc.) popularmente, sem caricaturas e aberrações.
O que vejo nesses programas é representação do pobre como ser insensível e burro, justamente em um momento mundial de quebra de paradigmas. Algumas pessoas de classe baixa (principalmente as que possuem o mínimo de senso crítico) devem se sentir ofendidas, invadidas, desrespeitadas. Afinal, antes de ser classe C, D ou E, são pessoas humanas. Sentem e se consternam como qualquer outra pessoa.
Não se espantem se esses programas abrirem um concurso para premiar os vídeos mais grotescos. É! Somos os juizes, não estamos sendo forçados a assisti-los e temos o poder nas mãos: o controle remoto. Porém, evitar que as crianças e os jovens descartem esse tipo de programa é bastante difícil.
E é aí que me ponho a pensar: “que mundo se quer mostrar às crianças e com qual objetivo?”, “o que e quem se quer atingir?”, “que sociedade se quer formar?”.
Que bom que temos outras opções: jornais impressos, o jornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia, o TV Revista, da TVE ou simplesmente desligar a TV.
É difícil fazer um curto comentário sobre o assunto, mas bastava defini-los em uma palavra apenas: LIXO.

terça-feira, 24 de março de 2009

Sites úteis


Vira e mexe me deparo com alguns colegas de faculdade desesperados atrás de campanhas publicitárias, tanto em vídeo quanto impressas, para a realização de trabalhos acadêmicos ou, até mesmo, para arquivo próprio.
Esta semana descobri três sites que disponibilizam inúmeras peças publicitárias, porém dois deles possuem o conteúdo todo em inglês. Eles são interessantes e é possível encontrar informações como: ano de criação, agência, organização das peças por década, etc.
A utilização não é tão complicada e é possível baixar os arquivos pela própria instituição, ao contrário de alguns sites bloqueados, como youtube, por exemplo. Seguem os links:

1) Arquivo da propaganda: http://www.arquivo.com.br/

2) Ads of the World: http://adsoftheworld.com/

3) Found in Mom's Basement: http://pzrservices.typepad.com/vintageadvertising/

Agora é só baixar…

segunda-feira, 23 de março de 2009

Contribuindo para a multiplicação do milagre de Irmã Dulce.

O que você compra com R$ 0,50? Um picolé, uma bala, seis xérox na faculdade? Tenho uma opção melhor: uma capa protetora de SmartCard.
Isso mesmo. Os estudantes e usuários do transporte coletivo de Salvador podem ajudar as Obras Sociais Irmã Dulce - OSID, comprando (ao recarregar ou revalidar o SmartCard) a capa protetora do cartão. Ela foi confeccionada em plástico transparente, com a marca do Jubileu da OSID.
Essas capas são adquiridas nos guichês dos postos do SalvadorCard e o valor arrecadado será repassado inteiramente à OSID.
De acordo com o Vaticano, para santificar Irmã Dulce, a igreja terá que comprovar os seus milagres burocraticamente. Apesar de não seguir a religião católica, acredito que o milagre maior, concedido pela religiosa, está disponível para qualquer cego ver: a grandiosidade e importância de sua obra.
Já adquiri a minha. Colabore você também.

O quê: Capa protetora do SmartCard com selo da OSID
Quanto: R$ 0,50 (cinquenta centavos)
Onde: Guichês dos postos do SalvadorCard (em Salvador – Comércio, Iguatemi e Estação da Lapa)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Publicidade, propaganda, birita, bar e Rio Vermelho. Que mistura!

Lá estava eu, indo para o trabalho, quando me deparei com um estabelecimento que promete conectar o ambiente de bar com o mundo da Publicidade e Propaganda. Pois é, essa mistura já tem nome e se chama “30 Segundos – Birita e Propaganda”. Título bastante atrativo, principalmente para quem é da área de Publicidade.
O lançamento promete oferecer um ambiente diferente, com gente interessante, inteligente, descolada e divertida, além de muita propaganda. Um bar para publicitários e para os amantes do “plinplin”.
Se o bar conseguirá atender as expectativas dos seus clientes (principalmente os exigentes comunicólogos), eu não sei, mas já vale um ponto positivo pela excelente criação original e por mais uma opção de lazer para o povo dessa terrinha que tanto carece de alternativas de diversão. O bar já foi lançado, mas o site ainda não foi atualizado. Garantia de diversão para os criativos.

Bar: 30 Segundos – Birita e Propaganda
Endereço: Rua Ilhéus 21, Rio Vermelho, próximo a ligação Garbaldi - Lucaia
Site: www.euvoumedivertiraqui.com.br

Paixão sem cura.

Você é do tipo que acha que paixão é fundamental ou pensa que ela é a irmã da loucura? Para mim paixão é algo que enche as nossas vidas de aromas, cores e que nos faz enxergar todos os problemas com mais leveza, mas sempre dentro da linha do equilíbrio (claro!).
Minha dica de livro dessa semana vai para “Os Sofrimentos do Jovem Werther” (1774), do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe.
É um romance interessante, que nos provoca sobre algo que nos faz sentir vivos: a paixão. Mistério, ternura, loucura, entrega, angústia e tantos sentimentos mais são mostrados através da mente perturbada do jovem Werther. Ainda não consegui terminar a leitura, mas falta pouco. Recomendo-o aos não melancólicos e aos que acham que viver intensamente os sentimentos é a única forma de nos fazer sentir verdadeiramente gente.
Embriaguem-se!

Abrindo o baú: Filme explora o universo das relações afetivas.



Domingo passado tava em casa sem ter o que fazer e resolvi alugar uns filmes para assistir junto com a família e uns amigos. Adriana (minha irmã) que ficou comigo para dividir a pipoca, acabou dormindo. No começo, achei o filme meio monótono, mas valeu a pena assisti-lo.
Drama de Todd Field (lançado em 2006), Pecados Íntimos expõe as frustrações, angústias e o amor nas relações afetivas, tendo como pano de fundo três histórias que se entrecruzam, mostrando o cotidiano íntimo de seres comuns, contrariados pela rotina do casamento, pela cobrança social e pela força de seus desejos mais íntimos.
Há quem diga que o filme é uma celebração à traição. Para mim, as traições servem para mostrar que as relações afetivas (todas as relações de amor e ódio: homem e mulher, amigos, pais e filhos, etc.) são para quem se conhece muito, a ponto de aceitar ser o arquiteto de si mesmo, sem medo de se envolver, de se comprometer, sem monitorais, sem reservas e controles externos.
O ponto negativo vai para a narração que segue ao longo do filme, onde se narra até os sentimentos dos personagens.
Ponto positivo, também para a interpretação dos atores: Kate Winslet, Patrick Wilson e Jennifer Connelly.
Um drama, sem apelos emocionais forçados e exagerados, utilizando personagens que fazem parte da vida real de todos nós. Quem gosta do gênero vai adorar. Vale a pena aproveitar um dia - mais ou menos - como o domingo para conferir.

Nome Original: Little Children
Gênero: Drama
Site Oficial: http://www.littlechildrenmovie.com/

quinta-feira, 19 de março de 2009

Blog: quem não postou também vai querer postar.

Já faz certo tempo que estou na tentativa de iniciar um blog, mas a preguiça, a falta de tempo e até mesmo aquela pergunta que insiste em aparecer (“postar o quê”) têm contribuído para a não concretização desse feito.
Confesso que adoro ler esses diários on line (alguns, claro!). Com essa revolução tecnológica, principalmente no que diz respeito à comunicação, o blog para mim é a ferramenta mais interessante. Nele, dissemos o que pensamos, sentimos e/ou queremos sem a menor censura (olha o tamanho da nossa responsabilidade).
Não sou fã do orkut, apesar de ter feito um há pouco mais de três meses; não passo muito tempo no msn, pois falta tempo e vontade. Então, tive que parar e entender que tava na hora de começar a desenvolver meu blog.
Primeiro pensei no nome (ai meu Deus!), depois no que iria escrever (pior parte). Como gosto das coisas simples e inteligíveis, dei o nome ao meu filho: COMENTANDO...
Se o porteiro do meu prédio tem, se a vizinha de 80 anos tem, se o meu avô que nasceu em Angical tem, se a menina que mal sabe escrever direito tem, se a filha de cinco aninhos da tia da mãe da prima de minha prima tem, por que eu não posso ter também?
Então, é isso aí. A partir de agora, sempre que tiver uma dica, um relato, uma reclamação, uma dúvida, uma opinião ou, sempre que quiser tomar partido das coisas, irei compartilhar com vocês.
Agora chega de conversa, já me estendi demais. O objetivo aqui é apenas comentar.